segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Coordenação Motora Global

A coordenação motora global é a condição que deve ser desenvolvida no espaço infantil. A coordenação corporal deve ser desenvolvida a partir do trabalho de coordenação motora geral: danças, expressão corporal, exercícios combinados e dissociados aos movimentos de membros superiores (braços, ombros, pescoço e cabeça) e inferiores (pernas, pés, quadris etc.). A coordenação motora global só será satisfatória se a criança conseguir acompanhar a dança, a atividade física com movimentos associados e dissociados dos membros superiores e inferiores, e o equilíbrio.
Atividades com papéis, tintas, sucatas, brincadeiras infantis, bolas, entre outros materiais auxiliam no desenvolvimento da coordenação motora global da criança com necessidades educativas especiais.
Na utilização do papel as atividades a serem aplicadas dependem dos limites individuais de cada criança. Por exemplo: dobrar pedaços grandes de papel, fazer dobraduras gigantes, montar quebra-cabeça gigante no chão, fazer imagem do corpo humano em tamanho natural, recortar e montar no chão, montar prédios com desenhos grandes no chão, fazer roupas de papel e usa-las para dança ou expressão corporal, entre outras atividades que podem ser abordadas pelos educadores para auxiliar o desenvolvimento da coordenação motora global. Devemos lembrar sempre que cada atividade devera ser especifica atendendo o grau de dificuldade da criança com necessidades educativas especiais.
Com as tintas as atividades são diversas e devem atender as necessidades de cada criança respeitando sempre que possível a dificuldade de cada uma delas. Dentre os exercícios possíveis citamos: fazer pinturas no corpo com o pincel, fazer pinturas no corpo com os dedos, fazer pinturas no corpo com canetas.
Outras atividades lúdicas que podem ser aplicadas à crianças portadores de necessidades especiais: brincar com fitas coloridas, girar as fitas coloridas ao redor da cabeça, pular em cima de fitas, dobrar as fitas e solta-las no ar, correr com as fitas sem deixá-las tocar ao chão, a utilização de bolas que podem ser utilizadas para serem arremessadas em cestos ou para dançar, bexigas (bolas de ar) que podem ser jogadas para o alto não as deixando toca-las tocar ao chão; brincar com caixas de papelão grande pequenas e médias; utilizar bambolês para as crianças passarem por dentro; utilizar garrafas PET em fileira para as crianças correrem entre elas sem toca-las. O professor deve preocupar-se com aspectos motores da criança: se a criança tem massa muscular para desenvolver atividades; se o peso da superfície onde ela vai saltar é suficiente para suportar o peso da criança; se não há obstáculos maiores que a capacidade e o desenvolvimento da criança que ela possa superar ou suportar. Outro aspecto a ser considerado é o psicológico da criança, pois o professor deve respeitar a opção feita pela criança, quando a mesma possui algum trauma, medo ou insegurança.
Com brincadeiras infantis podem ser desenvolvidas também, de acordo com o desenvolvimento da criança: futebol, estátua, esconde-esconde de objetos, cirandas cantigas de rodas entre outras. As brincadeiras com bolas devem ser proporcionadas ao nível do desenvolvimento de cada criança: passar a bola por cima da cabeça, por baixo das pernas, jogar bola dentro de balde, sentar em cima da bola deslizando com ela, massagear o corpo com movimentos circulares da bola, saltar com a bola em cima da cabeça e andar com a bola em cima da cabeça.
Partindo das atividades relacionadas constata-se que para a aplicação das mesmas, será necessária uma repetição na realização das atividades, para que a criança com deficiência mental obtenha um melhor discernimento das atividades citadas, e sempre considerar o nível de desenvolvimento de cada criança.

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